Sim, já sabemos que a meditação tem inúmeros benefícios. Alguns mais visíveis e imediatos, outros não tão visíveis ao exterior e de efeitos mais tardios e lentos (dependendo do grau de consciência de quem a pratica). Quem consegue iniciar-se nessa jornada sabe do que estou a falar. E quem ainda não está na jornada, de certeza que já ouviu falar.
É uma prática milenar, sim! É uma prática que está completamente enraizada na cultura oriental. Aqui nem são necessários muitos estudos para verificar os seus benefícios. Os orientais, especialmente os ligados ao Budismo e ao Hinduísmo são pessoas mais calmas, desapegadas e contemplativas.
Pode-se dizer também que, já por si, está mais que comprovado que é uma prática muito salutar tanto mentalmente como fisicamente, pelo simples facto de passar de geração em geração e ser transversal a muitas e diferentes comunidades.
Mas nem por isso a meditação no ocidente não deixa de ser estudada e testada e por isso quase todos os dias aparecem estudos a comprovar os efeitos da mesma. Como por exemplo um estudo da Universidade de Waterloo, no Canadá, onde evidencia bem os benefícios de 10 minutos de meditação diária para uma pessoa ansiosa. Conclusões do estudo
Outro estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, montra as evidências como meia
hora por dia de meditação têm os mesmos efeitos do que os medicamentos para aliviar stress,
depressão e dor crónica! Vale a pena ler este estudo
E para acabar deixo aqui as conclusões tiradas por J.L.Kristeller na Enyclopedia of Stress (2ª edição), em 2007, sobre a meditação:
''A prática de meditação, como é
atualmente compreendida, envolve mecanismos que promovem efeitos muito mais
amplos que o relaxamento físico ou emocional básico. Para resumir, a meditação
pode afetar a resposta ao stresse de várias maneiras: primeiro, serve como
distractor neutro; segundo, a meditação consciente ensina a capacidade de
autoobservação de padrões de experiência; Em terceiro lugar, a capacidade de
manter a consciência sem responder ou reagir é aumentada. Com mais prática, as
reações condicionadas e as respostas à experiência interna gradualmente
enfraquecem; Finalmente, no decorrer desse desacoplamento, a meditação parece
facilitar o surgimento de respostas mais integrativas. Objetivos terapêuticos
específicos podem ser facilitados direcionando a consciência meditativa para o
alvo preocupante, como sintomas de ansiedade ou gerenciamento de dor. Ao
entender a prática da meditação como envolvendo esses processos, torna-se mais
claro como uma série de efeitos terapêuticos podem ocorrer em função de um
conjunto de práticas relativamente simples, como outros princípios, como
reestruturação cognitiva, técnicas comportamentais ou psicoterapias orientadas
para a percepção, são aplicados a uma ampla gama de questões terapêuticas.
As abordagens concentrativas e de atenção plena
desenvolveram e ganharam aceitação ao longo dos últimos 30 anos como
componentes valiosos de programas de tratamento para uma ampla gama de
distúrbios e problemas de apresentação. A literatura sobre meditação, como pode
ser incorporada nas modalidades terapêuticas, continua a se expandir. A
pesquisa também continua a explorar mecanismos subjacentes, de maneiras que
possam informar uma maior compreensão dos processos de auto-regulação em geral.''
As evidencias são muitas. Eu próprio vejo os seus efeitos diariamente e aceito o seu desafio todos os dias. Ás vezes é uma luta contra a corrente, sim. Mas quando apanhamos uma maré a nosso favor percebemos a nossa evolução e que não somos mais as mesmas pessoas que éramos ontem, antes de ontem... antes de termos meditado.
Namasté
Uma feliz semana!