sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Porquê praticar

Com a prática da meditação dá para ver, realmente, o efeito transformador que a mesma tem na nossa vida, do dia-a-dia.

Quando se começa a praticar passamos por duas fases, a primeira serve apenas para acalmar a mente e os pensamentos, e logo a seguir as nossas emoções. Com este acalmar, a nossa clareza de pensamento aumenta automaticamente, e em simultâneo a sensação de conforto e segurança. E subitamente ficamos confortáveis com o espaço que ocupamos. Esta transformação consegue-se ver quase no imediato, logo a após a nossa primeira meditação - desde que feita com entrega, sem pensar nos resultados (pois isso cria ansiedade, e muitas das vezes os resultados são opostos aos que tínhamos considerado, uma vez que a mente calma tem outra visão que a mente conturbada não consegue alcançar).

Ao constatar e sentir na pele os resultados que ocorrem logo na primeira fase, dá vontade de abrir este livro e descobrir o que podemos aprender e crescer com a prática de meditação.

A segunda fase, após o acalmar da mente, é a fase de investigação/interrogação. A mente começa a questionar o porquê, e está pronta para ver as respostas, doam elas o que doerem. Começa uma viagem muito profunda ao nosso interior, o trabalho do auto-conhecimento ganha agora uma verdadeira força. Ganhamos coragem e clareza para vermos o que somos, para perceber o que fazemos a nós proprios, pelo bem e pelo mal, e o pior, damos de cara com a realidade do caminho que estamos a tomar.

Automaticamente são accionados mecanismos de alerta que nos dão conta se somos fieis a nós mesmos.
Gosto de chamar a esse barómetro de PAZ INTERIOR.
Se a sentimos, é porque estamos no nosso caminho. Sem a meditação, de facto toda esta clareza torna-se quase impossivel, uma vez que passamos a vida a fugir do que nos faz doer, do que nos incomoda.
Se esta segunda fase, no início faz abrir a ferida, logo a seguir, é o elixir certo, o bálsamo, a libertação para o crescimento que tanto procuramos nos locais mais incorretos, e fora de nós mesmos.

Um abraço com muita luz e conexão com o Eu interior.